A questão judaico-palestina

Pouca gente conhece as origens do estado de Israel e da “questão palestina”. Eu, por exemplo, era inteiramente pró-palestino até ler um livro que rotulei de “propaganda sionista” e abri com muita má vontade: Mitos e Fatos, de Mitchell G. Bard, da editora Sêfer.

“Editora Sêfer?”, torci imediatamente o nariz.

E foi ótimo porque todo esse preconceito e má vontade me obrigaram a uma leitura rigorosa que me fez mudar radicalmente de opinião. O livro é muito bem construído e documentado. Há uma versão disponível para leitura online em inglês.

Uma alternativa para quem não lê inglês nem quer comprar o livro é baixar gratuitamente a versão em espanhol do livro Big Lies que apesar de não ser tão completo, também oferece uma visão bem clara da “questão palestina”.

Preferem uma abordagem mais romanceada da questão? Leiam Exodus, de Leon Uris. O livro é thriller político que se lê de uma sentada. A descrição do Gueto de Varsóvia é inesquecível e, para mim, simboliza o espírito que animava os sobreviventes do Holocausto que fundaram Israel, depois de séculos de perseguições e humilhações. Vale lembrar que o livro foi filmado por Otto Preminger, com Paul Newman no papel principal.

O mínimo que se tira dessas leituras é a percepção da artificialidade do “problema palestino”, insolúvel enquanto os árabes insistirem na “destruição de Israel”.