Comentários sobre a crônica da semana

“Tenho trabalhado com jovens em várias favelas (que nossa cúmplice academia aceitou maquiar, nomeando-as de comunidades) do Rio e, na área da educação, só se vêem mulheres. Estive, inclusive, na secretaria de educação há duas semanas e, num andar inteiro, com mais de quinze salas, os únicos homens eram os guardas municipais que faziam a segurança. Na assistência social também só há mulheres. Os únicos homens, frequentemente são gays.
Discordo de você quanto à idéia de uma instituição somente com mulheres cuidando dos meninos. Como imagem alternativa à dura realidade, é bonita, porém só como imagem. Acho que tem que ter as duas formas de cuidado, masculina e feminina, que são diferentes e complementares. Não dá pra inverter o sinal somente, tem que oferecer os dois. Frequentemente, eles não os têm. Inclusive, geralmente têm a mãe e não o pai. Mas acho que o essencial é a forma, é o jeito, tem que ter amor, se não, não dá. E o amor fica embrutecido em situações de privação. E a imagem do homem é sempre bruta. Por experiência pessoal, quando eles se deparam com homens doces, afetuosos, gentis – mesmo que fortes – eles se surpreendem e buscam se identificar. Suas referências identitárias masculinas são os bandidos, infelizmente. “ Henrique P.

* * *

“Suas observações são psicanalíticas. E também românticas — mas eu também acho que se crianças e adolescentes puderem ser cuidados por mulheres; e se um homem tivesse uma namorada, a violência seria menor. Mulheres, mães acolhedoras e namoradas amorosas – tudo isso contribui para diminuir o mal estar na civilização. Na falta, há dor e barbárie. Onde falta colo, beijo, gente para ajudar na lição, falta tudo.” Deborah S.

 

3 Comentários

  1. Para a IndolenteAchei legal o que escreveu.Tem razão: nem toda mulher é acolhedora e maternal. Não mesmo. A mulher ( a* que é acolhedora e maternal) é que faz falta em casa, eu acho. Não creio ser a qualidade do contato com os filhos o mais importante. Quantidade é fundamental. É preciso tempo.Mas não há o que fazer, a mulher sai. O homem também. É bom pra todo mundo, menos pra criança. Algumas delas que sobram ao Deus-dará e à escola. Nem sempre as professoras são maternais ( nem é o caso de ser, outra função?).E a instuição família – eu acho- está se acabando – ou se transformando – e não lamento, constato. Tá que o Estado não cuida mais das crianças… Penso como você – alguns casais conseguem formar bem os filhos. Seus caso. E no fim…quer saber? A condição de mãe, e…de ‘mulher’ pode se manifestar tanto no homem qto na mulher.

  2. Toda mulher é acolhedora e maternal? Todo homem é bruto? Meus pais sempre trabalharam, mas ensinaram o certo/errado, ninguém se perdeu.Penso que os filhos não pertencem só às mães, são uma construção de dois. Infelizmente os homens só se envolvem no processo quando querem.

  3. Bons comentários p aqui. Dá ‘pano pra manga’, ou mais que isso, é discussão fundamental – e atual – p sociedade humana. Homem ou mulher? Alguém com alma feminina – já conheci homem assim – precisa cuidar das crianças. Da minha vida: quando mamãe foi trabalhar, a casa virou um breu. Fez falta, meu irmao caiu na rua. A mulher( acolhedora, maternal) precisa trabalhar fora , mas faz falta danada na educação das crianças.

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