Vendo Phelps no pódio e Bush na arquibancada com bandeirinha e tudo – pensei que essa mais do que nunca será uma olimpiada em que o confronto entre duas concepções de mundo. Uma em que toda conquista é o resultado do esforço eletivo de um indivíduo que busca essencialmente superar a si mesmo. Outra em que a conquista não pertence a quem a realiza, mas é como uma doação dele ao grupo, ao país – ou mais pragmaticamente: ao Estado.
Pode o Estado se apropriar desse modo da vida do cidadão? a gente poderia chamar isso de doping? De manipulação da vida – uma manipulação genética feita direto na alma.