Dos nomes das coisas

“Prezado cronista Antonio Caetano,

Nessa sua crônica na Tribuna Bis desta segunda-feira, o senhor menciona o vassoureiro e cita as vassouras de teto. Gostaria que enriquecesse o vocabulário. Lembro que essas vassouras de cabo longo têm um nome específico: vasculhos, termo esquecido. Os vasculhos servem para tirar a picumã do canto dos tetos. Picumã? Picumã é a teia de aranha tornada negra pela fuligem. (Os fogões a lenha ou a carvão liberavam fuligem dentro das casas). Hoje em dia usa-se mais o verbo vasculhar no seu sentido metafórico, de procurar minuciosamente, esquadrinhar.

Por falar em cousas do século XIX, como se chamavam os bondes puxados a burro? Naquela época ainda não havia os bondes, termo que surgiu com a Light e os carros elétricos. Lendo Machado de Assis, encontrei o nome. Eram chamados de ‘gôndolas’. Não sei porquê.

Cordialmente, o leitor

Roldão Simas Filho”

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