É estonteante essa proximidade de perfeição e crueldade.
(leia o post abaixo: o mundo corre de trás para frente na blogolândia)
Por mais que ela pareça óbvia quando se trata de atletas – e a China levou isso ao paroxismo – não associamos essa dor auto-imposta à crueldade – no mínimo porque ela parece revestida de sentido: há um fim, uma direção, um destino – uma intenção – e nobre.
Não é da crueldade da privação e da renúncia que falo. Falo da crueldade do tirano. Arbitrária, caprichosa – sem sentido.
Em nome da perfeição futura se cometem as maiores crueldades.
A Igreja teve seu momento, mas o comunismo superou a todos com sua carnificina industrial, por atacado – baseada que está na idéia de classe.
E não há crueldade maior do que matar.
Se uma sociedade perde essa verdade simples do seu “horizonte moral” ela está a caminho da barbarie.