Dia de Iemanjá

“Dia dois de fevereiro, dia de festa no mar…”

Isso lá na Bahia. Aqui no Rio, Iemanjá se comemora no dia primeiro de janeiro. Mas a festa do reveillon tomou definitivamente as praias, expulsando talvez a mais bonita de todas as festas religiosas do Rio.

Era lindo ver toda a extensão das praias cariocas, do Leme ao Posto Seis, Do Arpoador ao Leblon, do Flamengo a Botafogo, tomada pela luz bruxuleante das velas enterradas na areia e o batuque difuso das rodas de santo, as pessoas todas de branco, caminhando reverentes, indo fazer sua prece na beira do mar, lançando suas oferendas para Iemanjá em singelos barquinhos de madeira carregados de vidrinhos de perfume barato, pentes, fitas, rosas brancas… Era lindo.

Agora é aquele horror que consegue a cada ano superar o anterior em mau gosto.

5 Comentários

  1. Acabei de deixar um comentário no seu blog, cris! Q coincidência…Já eu posso dizer que sigo todas – ou quase todas. Quanto menos dogmático me torno, mais religioso me sinto. Ou espiritual, como se diz tb com medo da palavra “religioso”. Mais religioso ou espiritual pq vejo Deus em tudo. Tudo é um! Neste últimos dias, meu templo tem sido a praia. A praia do Leme…Sou, sim, avesso a rituais – me impacientam como tudo que é repetitivo. Mas compreendo e aceito sua necessidade.Mas vc, cris, vc é altamente espiritual – é só ler um simples post seu pra ver…

  2. Olha, não sigo religião alguma, mas acho que quanto mais festa melhor….rsBrincadeira… respeito todas as religiões e acho que as pessoas têem o direito de querer festejar e reverenciar sua fé.beijo…………Cris Animal

  3. Hum, bacana esse espaço. Voltarei outras vezes. Quanto à Iemanjá, nunca assisti às cerimônias. Criada em ambiente católico, ainda não tive oportunidade de vivenciar esse costume. Mas já disseram que sou filha de Yansã.Um abraço

  4. Onde me criei não tinha Iemanjá, nem sincretismo algum.Qdo vi essa gravura fiquei com vontade de ser !Iemanjá, por causa do mar – ela não afoga- e dos brilhos.

  5. Oi, Antonio! Eu me lembro de eu e minha mãe na beira da praia, no Leme. Ela fazendo alguma oferenda para Iemanjá. Mas cresci e, apesar de gostar muito de água, creio que me afino mais com as águas doces de Oxum. Fiz dança afro durante alguns anos e a dança de Oxum está até hoje viva na minha memória. Deve ser um sinal, não?Bjs

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