noturno

abro as janelas para saber se é silêncio ou frio o que se insinua pelas frestas e surpreendentemente não há frio, mas um crescente silêncio. Apago as luzes e na penumbra o silêncio se adensa. Uma brisa úmida me acaricia o rosto e sussurra em meu ouvido. Quero ver as luzes irem se apagando aos poucos. Quanto menos luz mais silêncio: tudo se aquieta no escuro, menos talvez meu coração, inquieto animal noturno.

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