matinais

De repente esse toró.  Não contei, mas deve ser o terceiro dia assim, cinza, sem sol, amuado.

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Escrever, pensar, falar: em comum, as palavras.

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O ar cortado de ligações telefonicas, transmissões de rádio, de tv. Ocupamos o invisivel. “Coisas” são transmitidas pelo ar e “materializadas” em aparelhos como rádios e tvs, micros, telefones e celulares.

O que me surpreende ainda mais: que a informação não se disperse. É com se ela, a “informação”, seguisse no ar envelopada, encapsulada, fechada em si mesma, como um grão, uma semente, um quantum e como que “se abrisse” nos aparelhos a que destinam.

E a velocidade? Me lembro até hoje da discreta euforia que foi colocar o Café Impresso no ar pela primeira vez, há dez anos. É magnífico que esta pagina esteja imediata e simultamente disponivel para bilhões de pessoas no mundo todo no exato instante em que acaba de ser gerada. É ao mesmo tempo absurdo e possível, algo de que até bem pouco tempo se diria: “é pensável, mas não factível”. Um sonho ou magia.

Tudo isso é de cair o queixo, mas vivemos tudo isso com um sentido muito prático, sem nenhum maravilhamento.

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