Mais um Dalí

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Mais um Dalí, minha “paixão madura”, junto com Magritte e Hopper.

Esse quadro me é especialmente caro porque é a capa de um caderno-diário de páginas sem pauta, por isso delicioso de se escrever nele, que ganhei (acho que de você, Mônica) num momento muito especial da minha vida, em que escrever a mão minhas impressões cotidianas se tornara peça importante de um processo terapêutico.

É difícil para quem escreve literariamente (bom ou mau escritor, pequeno ou grande, jornalista, acadêmico, poeta ou prosador) escrever simplesmente sobre si mesmo. É difícl para quem escreve, digo, livrar-se da literatura, do “estilo”. Suponho que foi TAMBÉM nesse sentido que Pessoa escreveu:

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. (Clique para ler o poema inteiro)

“Livrar-se da literatura” é o primeiro passo em direção à verdade, a “verdade de cada um”, que é o fim último de toda literatura.

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