Essa estréia no cenário internacional era para acontecer no episódio de Honduras – que deu uma lição NO MUNDO. É incrivel. Houve um momento em que Honduras – Honduras, quem diria – foi Atenas e Esparta contra os persas. E, de novo, incrivelmente, venceu.
Ninguém fez ainda o documentário, o livro sobre esses dias memoráveis em que um país mínimo e indigente brigou com o resto do mundo em torno de um ponto, um minusculo ponto no minusculo ponto que é honduras: não haverá mais reeleição em honduras.
E o irônico é que o Brasil caminha na mesma direção: restabelecer o princípio do mandato único de cinco anos, uma tradição da precária vida republicana brasileira.
Os hondurenhos sacaram algo genial: QUE ACABAR COM A REELEIÇÃO significa uma reforma da estrutura do poder. Equivale a uma REFORMA POLÍTICA profunda, ampla.
E tão satisfeitos ficaram com os resultados que brigaram com o mundo para manter a clausula pétrea de sua Constituição.
E não há sequer uma reportagem boa que tenha alcançado essa dimensão tão óbvia do fato. Que duranteseis meses um bravo governo provisório aguentou as pressoões do mundo e não entronizou o patetico cowboy de cabelos pintados q estabelecera um pensionato na embaixada do Brasil em Tegucicalpa.
Quanto ao acordo com o Irã, na prática, o Brasil tornou-se avalista do Irã, Turquia no meio. Fizemos o joguinho da China, que só a miopia idelológica dos “bons companheiros” insiste em enxergar como “parceira”. A Der Spiegel vai além: afirma que o Brasil também quer a bomba.
No que depender do viés atravessado e míope da política externa a la Samuca, meu amigo, podes ficar certo que sim. Não é o Celso, nem o Garcia. É ele.
E, Honduras, realmente, soube mostrar ao mundo o respeito que se deve a uma constituição. Aplaudi de pé!