eleições

Estava ouvindo um pouco de Serra e Dilma na CNI, no Reinaldo Azevedo. clique para ver

Ele é infinitamente mais articulado do que ela. E aí, por mais niilista que o sujeito seja e ache que “é tudo igual”, de fato não é.

São iguais, sim , quando falam em reforma tributária e ninguém tem a decência de ao menos insinuar que vai me perguntar alguma coisa. Ninguém me pergunta o quanto eu quero pagar. É impressionante isso: o dinheiro é meu, sou eu quem trabalha para tê-lo, sou eu que serei de algum modo punido se não pagar – e ninguém me pergunta quanto eu quero pagar por isso.

A impressão que me dá é que no Brasil imposto é castigo. Eu diria mesmo que alguns católicos e marxistas em geral concordam que assim deve ser.

Eu acho que imposto não é isso. Imposto não é caridade – porque imposto é imposto – e a característica essencial da caridade é ser voluntária. Eu ainda acredito que seríamos mais eficientes no auxílio aos mais pobres se não tentâssemos, pela via do imposto, inventar esse contra-senso que é a “caridade obrigatória” – ou o imposto com “finalidade social”.

O imposto deveria ser para sustentar o que é bem comum, interesse comum – segurança, justiça e planejamento de longo prazo. Judiciário, Legislativo e Executivo.

O problema no Brasil é que somos um país de contra-sensos. Outro: o “município dependente” – outra hora invento uma composoição mais evidentemente contraditória (e aceito sugestões. Pensei agora: que tal “município federal”?).  Talvez metade dos municípios do Brasil não seja autônomos, não sejam capazes de se sustentar e dependem de uma verba que vem de brasilia e é negociada pelo legislativo junto ao executivo ano a ano no quem veio a ser conhecido como orçamento da união. Alguém viu Transpotting? É o retrato dos municípios brasileiros.

A reforma necessária no Brasil é tão profunda que é melhor nem pensá-la como algo que se possa fazer integralmente, de uma vez só, saltando magicamente do caos para o ideal, da massa falida a redenção financeira, como uma ação da telebras (a barbada do ano: valorizou mais ou menos 60 vezes desde o começo do ano. Quem colocou 10, agora tem 600, que inveja!)

Acredito piamente – depois do episódio verdadeiramente heróico de Honduras – que a “solução” para uma reforma política é acabar com a reeleição. Isso mudaria toda a organização do poder, de como os políticos irão estruturar suas “carreiras”, como vão estruturar o “sistema de hereditariedade”, etc.

* * *

Mas voltando aos candidatos, Dilma é muito fraca – pior do que eu imaginava nos meus pesadelos. Ela é o que sobrou depois que Dirceu e cia. dançaram no episódio do mensalão (que os garotos de O Globo Online, acho que por molecagem ideológica, hoje atribuem ao PTB de Roberto Jefferson) e Palocci no lance do Fracenildo. Restou a Dilma.

Marina é uma piada ou um sintoma – escolha voc segundo  o seu humor. A questão ecológica é, claro, importante – mas árvores e animais não estão acima dos homens. A Natureza não é mais importante q o Homem. Claro, o Homem está na Natureza, etc. Mas entre uma árvore de 600 anos, um mico leão e um bebê a mim ainda parece indubitável o lugar de cada um.

4 Comentários

  1. Antonio, és um libertário (libertarian) nato! Take a google no site do Partido Libertador Brasileiro e vê como tenho razão – não que ser libertarian seja vantagem ou desvantagem para alguém…

  2. ahahaha, acho que eu fico com o mico leão dourado, pelo menos não chora à noite e deixa a gente dormir, acho eu.

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