Mais uma vez, Israel se vê obrigado a enfrentar o mundo contra uma injustiça minuciosamente preparada. Seu único erro foi se deixar capturar nessa armadilha ao escolher o procedimento errado de intervenção militar: aparentemente, eles não esperavam por uma reação tão violenta dos tripulantes do navio. O resultado foi uma resposta igualmente inesperada e inoportunada. Nem sequer se pode dizer “excessiva”, pois em minoria, ou os soldados reagiam ou seriam linchados. Um erro de comando de resultados catastróficos, porque era exatamente o que os terroristas do Hamas desejavam.
Patético é ver a esquerda irremediavelmente irracionalista e anti-ocidental. Esquerda que em seus primóridios marxistas, se pretendia a resposta racionalista ao irracionalismo do mercado, a síntese iluminista que conduziria o Ocidente a um “sistema perfeito” que depois se espalharia pelo mundo. Ver o que restou do que se auto-intitulava “socialismo científico”, com ênfase no “científico”, em parceria com o que há de mais rétrogrado, irracional, anticientífico e anti-ocidental não deixa de ser irônico. E um sinal inequívoco de morte próxima, morte que, no entanto, não vai se consumar sem antes provocar muitos estragos, como se vê.