a vida

O animal se resigna à vida. Ser é sua fatalidade. O sentido da vida do tigre é ser tigre, tigremente em toda sua tigralidade. Geração após geração o tigre atacará a manada de búfalos que passa deixando sempre atrás de si os mais fracos, os desvalidos, os desgarrados.

Na natureza tudo é fatalidade. Vista sob um olhar humano, demasiado humano, a natureza é alternadamente previsível e cruel, ainda que sempre linda e maginifcamente simples: a vida só quer viver, incessante. Ela não é irracional, mas absolutamente amoral em sua racionalidade. O que, não se iluda, não chega a ser uma forma de inocência.

Deus fez a vida à sua imagem e semelhança. A vida, portanto, não é igual a Deus, mas semelhante. O que quero é investigar como o finito pode semelhar o infinito, como o tempo pode ser uma “imagem móvel da eternidade”.

3 Comentários

  1. posso estar dizendo muita besteira, mas p mim algo saiu errado…Deus errou, e a Terra é um lugar q tenta o retorno a Ele.
    Está na Bíblia, em Platão…(a expulsão do paraíso é erro do homem? Teria sido erro ou melhor risco o fato de Deus ter-lhe dado o livre arbítrio?
    O homem precisa voltar p um lugar onde saiu.
    Tudo é bom? Claro que não. Só se se pensar que essa vida deteriorada – de consciência precária em que nos convertemos – pode ajudar à reconciliação do homem e , portanto, da natureza, com Deus.
    Pensar que o mundo da natureza é um mundo não divino é que permite que se espelhe nele, no que ela tem de selvagem, crua. E é o que incentiva o homem à destruição da natureza ( é fato). A natureza brutal é parte de Deus, mas é o retrato mínimo do que seja esse Deus. Se Deus fosse por inteiro a natureza por que criar
    íamos a ética, o humanismo?
    A natureza é inocente sim e sua crueldade. Por que então criamos a ética o humanismo? E a ideia de liberdade?
    Algo saiu errado no projeto de Deus. E ainda estamos no estágio de natureza brutal.
    ( desculpe as besteiras, penso isso , mas é por intuição ou precariedade espiritual)

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