É incrível: o mesmo sujeito que brada contra a “sociedade de consumo” se opõe a qualquer tipo de “disciplina da vontade”, “repressão do desejo”, “educação sentimental” ou seja lá que nome se dê. Ora, é óbvio que o “desreprimido”, o “impulsivo”, o “espontâneo” é o consumidor ideal.
Mas o sujeito mais do que recalcado também ‘dá seus pulinhos”, compensando os recalques nas compras exageradas.
E até os muito dedicados à saúde do corpo – e da mente- são presas do consumismo.
Não sou muito reprimido, mas , agora, na drogaria tive de me conter para não comprar várias pílulas, de germe de trigo,por ex mais um revigorante …Entrei para comprar óleo de amêndoas, bom para a pele, um consumo bom.
Ontem no restaurante vegetariano aqui de Uberaba já ia comprando um livro que explicava o poder da linhaça. Eu como linhaça todo dia…
De qq forma é o hedonista o que mais deseja, claro. Até bugigangas. Vivemos num grande camelódromo.