da natureza humana

“A Divindade Suprema (Paramatma) tem seis características principais: suprema sabedoria, completa renúncia, beleza divina, esplendor máximo de poder, reputação intacta e fortuna inesgotável. Sua natureza é Sat (existência), Chit (conhecimento) e Ananda (bem-aventurança). Esses também estão relacionados ao ser humano através do Atma presente nele. Assim, toda a humanidade tem o direito de perceber e apreciar essas características e tal natureza enlevada. É o dever pré-destinado. As agonias do mundo atual são devidas ao homem não executar tal dever pré-destinado.”

Sathya Sai Baba

5 Comentários

  1. A impressão é a de que há algum problema na tradução. Esse tipo de texto é às vezes vertido para o português do inglês, por exemplo, e já havia algum engano ali.

  2. É, dá a impressão de que há um impedimento para q se cumpra o que seria um pré-destino humano. E que produz esse impedimento? O próprio homem – que pode então recusar esse pré-destino (nesse caso, um convite – ou um direito). Lembra-me o absoluto poder de negar (ou expressão semelhante) de q fala o beyssade ao analisar Descartes. Eu, na verdade, não tinha atentado para essa contradição aparente. Postei o trecho num rompante matinal pq achei bonito os “atributos principais” da divindade ( suprema sabedoria, completa renúncia, beleza divina, esplendor máximo de poder, reputação intacta e fortuna inesgotável).

  3. Para entender:

    O ‘dever pré-destinado’ seria o ‘direito de perceber e apreciar’ as características e a natureza divinas, segundo o texto ou a tradução. Dever e direito, assim como entendemos os termos, conotam, um, ação obrigatória, determinação, e outro, ação contingente, escolha: então tem a humanidade o dever de escolher se percebe e aprecia os atributos da divindade. Não haveria ou não deveria haver culpa em recusar o exercício desse direito.

    Por outro lado, é possível que o guru (ou seu tradutor) quisesse dizer: é o ‘direito’ e é o ‘dever pré-destinado’. Quanto a isto é possível perguntar-se ainda: seria compreensível – ou lógico – referir direito e dever a um mesmo objeto?

  4. Sem desmerecer a beleza do texto, mas em questões de divindade & humanidade, prefiro o insight de François Varillon (que já comentaste aqui): “…os atributos de Deus são os atributos do amor: o amor é todo-poderoso; o amor é sábio; o amor é belo; o amor é infinito…”. Amar é assemelhar-se a Deus.

    ”.

  5. Nem todo homem sabe o dever a ser executado, não mais, hoje, no materialismo ‘diabólico’ – que vai se perpetuando, sustentado na ideologia, voltada para o pret a porter, a a praticidade. Serve o que dá resultados, de preferência rápidos.

    Percebo no cinema americano mais comercial um movimento da sociedade, para introduzir práticas de busca interior q, sim, poderiam levar ao que Baba afirma: a alma tem meios de sustentaçao e evoluçao. Aquele…’Orar , comer…’ com Julia Roberts é isso. Ela vai à Índia para uma busca séria de si, da alma. Mas a impressão que me passou é que ir à India, meditar, buscando a evolução é puro turismo.

    O Ocio criativo de Mazzi agregou ideais às empresas que até permitem a ioga e a meditação durante o trabalho. Mas o que se encontra é fio ou alma?

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