Sonhei com você e acordei surpreso com a descoberta óbvia e singela, mas que permancera esquecida por todos esses anos: nos conhecemos na mesma rua onde meus pais se conheceram, na fronteira norte do meu mundo, estreito mundo, sem rima nem solução.
Agora ando pela casa e a percebo pontilhada de pequenos objetos trazidos por você, presenteados por você, esquecidos por você, espalhados como essas pintinhas que vão surgindo na pele dos adultos com o tempo e que tanto me intrigavam na infância porque pareciam desenhar um mapa de pequenas ilhas no oceano imenso a indicar o secreto caminho de algum tesouro. Onde terei me perdido no caminho que me levava a você, ao mais íntimo tesouro que em vão sonhamos partilhar?
que coisa linda, Antonio! ¿isso faz parte dos “fragmentos futuros”?
Roubei duas frases para publicar no fb 🙂
mmuuuaaak!