Mais prudente é dizer que intuimos a Presença de uma Totalidade que é representada pela ideia de Infinito – definido como simultaneidade absoluta –“Tudo ao mesmo tempo agora” – e que é exatamente o avesso da Morte. Uma idéia que é facilmente concebida, mas impensável.
Intuímos que sem essa idéia de fundo seríamos incapazes de pensar o tempo, que sem ela viveríamos no mero presente, como todos os animais. É contra esse fundo de simultaneidade absoluta que penso o tempo como algo que foi, é e será – uma continuidade que se estende e quer durar.
O presente que os místicos nos convidam a viver não é o mero presente dos animais, mas esse instante magnífico e absurdo que é a Totalidade: só em Deus criar e conservar são o mesmo.