É essa lua… Eu não sabia o que era, mas é olhar para o céu e entender o que me vai por dentro. Essa luminosa escuridão que me consome, sol frio que arde no silêncio bem onde dizem haver um coração – que nesses dias parece nem bater. Intimamente, me esgueiro por minhas sombras em passos de veludo como se meu chão fosse de vidro – e só nessas noites eu sei que é, que é de vidro o chão que piso. Porque são longas essas noites e não há luz que me iluda: eu sou todo noite. Ainda que depois o que em mim de solar resiste retome as aparências até que de novo se cumpra o ciclo: eu sou sempre todo noite, ainda que não o queira. E me basta olhar no céu essa lua para sabê-lo. Ainda que não o queira. Pois, nenhum poder que me atribua vale me sentir assim, tão à mercê do teu excesso e de tua falta, meu magnífico e soturno espelho, minha lua, minha lua, minha máxima lua. Se durmo, me dissolvo em sonhos; insone, me revolvo em fabulações insanas sobre o que poderia ter sido e não foi. Mas não foi aqui – porque em algum lugar, em outro tempo…
Bromélio, flor de escritor vc é!
Andei percorrendo os corredores do Café. Cada vez mais..sei lá, não acho um adjetivo para envolver tanta beleza.
beijo.
Lindo, intenso, triste, mas lindo !
Blue moon, a segunda lua cheia de agosto, ainda mais intensa que as outras, mais fatal e irremediável em seus efeitos…