* * *

Sim, é preciso tocar a vida. Não no sentido de tangê-la como se a vida fosse gado arisco, chucro. Mas, no sentido de estender-se até tocá-la, tocá-la delicadamente, com a ponta dos dedos, com as mãos, com o corpo todo, num longo abraço: a vida.

Sim, é preciso aprender a tocar a vida. Eu preciso. E isto não é uma lição de moral ou um conselho pretensamente sábio, mas uma confissão de fracasso. “É preciso tocar a vida, Antonio.”, eu digo de mim para mim, enquanto ouço Bill Evans delicadamente tentando…

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.