… a saudade é carnal e noturna. fecho os olhos e é tua boca úmida em meu pescoço, mas é também tua voz a me entreter com histórias. fecho os olhos e são tuas pernas entrelaçadas à minha, mas é também teu corpo a se mover com elegância, a vestir-se e despir-se com o mesmo gosto e a mesma arte. fecho os olhos e vejo, e, imóvel, sinto. a saudade, fera noturna e sorrateira, desliza por meu corpo que a acolhe todo tátil e dúctil, duplo, dado e dono, dela, sempiterna fera mais-que-presente…

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