Meu nome é Antonio Caetano, nasci no Rio de Janeiro, em 1958, no mesmo dia de Shakespeare, o que teria me enchido de expectativas se eu não tivesse descoberto isso só bem mais tarde, quando o encanto de Rubem Braga já me contagiara sem remédio. Outros autores e livros viriam com o tempo, Shakespeare, inclusive, mas, desde os 11 anos, A Borboleta Amarela segue fixado na precária eternidade da memória como o momento e o lugar onde descobri que queria ser escritor.
Por conta desse desejo de escrever, fui repórter, editor, redator, andei por Florianópolis e Brasília, mas foi só em em abril de 2000 que publiquei minha primeira crônica, no (finado) jornal Tribuna da Imprensa, graças à minha amizade com Helio Fernandes Filho e à boa vontade da editora Paula Cabral. E lá fiquei por dez anos.
Toda essa trajetória está preservada no Café Impresso, que eu criara um ano antes, em abril de 1999, para divulgar meu primeiro texto teatral O Escafandrista e a Bailarina. Mas a partir de 2000, além das crônicas semanais, passei a publicar posts quase diários e assim o Café se tornou minha “cozinha”. Cheguei a ter uma lista de assinantes de quase 500 pessoas para quem enviava a crônica da semana e que frequentavam o Café com regularidade.
Com o fim da Tribuna da Imprensa, perdi a obrigação de produzir 600 palavras até sexta-feira ao meio dia todas as semanas. Com isso, a newsletter foi sendo abandonada, os textos se tornaram mais curtos ( mais poéticos, talvez), e mais esporádicos.
Em 2013, fiz uma coletânea de crônicas e as distribui em oito e-books que editei pela Amazon, junto com mais dois outros textos: uma novela policial intitulada Morrer Rejuvenesce e um estranho conjunto de poemas em prosa chamado Geografia Íntima.
_________________________________________________________