Nunca sumi
“Todos os meus relacionamentos acabaram mesmo, aos poucos, sofridamente, com idas e vindas que anunciavam o fim. Isso não me torna melhor ou pior do que ninguém. Acho igualmente nobre, perverso e fútil tanto aquele que sai para comprar cigarros e não volta mais, quanto quem se agarra a um amor morto, mas ainda morno. Penso que o não gostar é tão insondável quanto o gostar — só que dói menos. Se o amor fosse sempre intenso e fácil, sequer existiria. Se desse no mesmo fazer sexo com qualquer pessoa, acabaríamos não fazendo sexo com ninguém. Porque o amor é essa busca do raro, do que está além. Sexo ou amor, não os distingo: cada um faz sexo com o amor que tem, não pelo outro, mas dentro de si.”
Aliás, “tirado”, não! Muito bem editado por minha amiga Deborah de Paula Souza que soube selecionar os trechos e amarrá-los numa sequência perfeita.Leia também a matéria completa. São três páginas e eu só apareço no fim da última página.
Ah, sim! A brilhante ilustração tem dono: foi criada por Sandro Ricardo, sobre foto de Carlos Cubi.