A propósito da crônica abaixo, Laura me deixou um comentário lá no Café entre cujas belezas se inclui este poema:
Pienso que en este momento
tal vez nadie en el universo piensa en mí,
que sólo yo me pienso,
y si ahora muriese,
nadie, ni yo, me pensaría.
Y aquí empieza el abismo,
como cuando me duermo.
Soy mi propio sostén y me lo quito.
Contribuyo a tapizar de ausencia todo.
Tal vez sea por esto
que pensar en un hombre
se parece a salvarlo.
Olá António,Com idêntico sentido, deixo aqui um outro poema de que gosto muito, do grande e ignorado poeta português Reinaldo Ferreira. Espero que goste também:Mínimo sou.Mas quando ao Nada emprestoa minha elementar realidade,o Nada é só o resto.Este poema, “O Ponto”, tem sido erradamente atribuído a Fernando Pessoa, talvez por ser tão profundo e dizer tanto com tal economia de palavras. O seu post sobre a eternidade de um instante lembrou-me Reinaldo Ferreira, que morreu muito novo e nunca viu publicados os seus magníficos poemas (só depois da sua morte os amigos juntaram todos os inéditos encontrados e os reuniram num único livro, a que chamaram simplesmente “Poemas”).AbraçoAna