As lições da crise

Outra coisa que me parece quase uma estupidez é dizerem que o corte dos juros americanos querem incentivar ou mesmo manter o nível de consumo. Isso me parece absurdo. A intenção, me parece, é dar fôlego a credores e endividados, de modo a permitir que dívidas sejam renegociadas, ativos vendidos a preço mais ou menos justo, sem que o pânico paralise a economia.

Imagino que juros mais altos tornariam as dívidas impagáveis e assim muitos bancos quebrariam. Por outro lado, essa injeções de ar no mercado financeiro, de seis em seis meses, vão permitindo que o próprio mercado se realinhe.

Eu tenho a impressão que o episódio do Bear Stearns foi exemplar: se o fed é capaz de jogar o quinto banco americano na bacia das almas, bancos menores que estejam insolventes vão tratar de arranjar compradores pelo “preço de mercado” para evitar um destino semelhante ao do BS.

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