Nos últimos 9 meses o fim do mundo já foi adiado 3 vezes. Em agosto, em janeiro e agora em março. Em agosto, no estouro da bolha hipotecária habitacional made in USA e abusa.
Em janeiro, na primeira medição dos estragos da bolha, nas contas e nos cofres dos agentes financeiros hospedados por ela, a bolha.
E agora em março, pela quebradeira de bancos e fundos de maior… – os elos da corrente que não podem quebrar e têm de ser assistidos ou socorridos. Além, claro, da ação protetora de bombeiro do Fed e dos Bancos Centrais da Europa e da Ásia.
O mundo não acabou, a recessão global continua só na ameaça, 2008 nada tem de parecido com a Grande Depressão dos anos 30, desencadeada pelo gigantesco tsunami financeiro de 1929.
A crise atual não é sistêmica e não é econômica nem comercial.
É uma crise financeira. Dentro dela, uma crise bancária. Dentro dela, uma crise hipotecária. Que pode resultar em perdas totais de US$ 1 trilhão. Pois em março de 2000, no estouro da bolha ponto.com em Wall Street, as perdas somaram US$ 13 trilhões em valor de mercado.
Pois o mundo não acabou em 15 de março de 2000, não acabou no 11 de setembro de 2001 – bem ao contrário, engatou um ciclo espetacular de 5 anos corridos de prosperidade global.
E o mundo não vai acabar nesta travessia de 2008. Vai voltar aos trilhos no mais tardar em 2009, do alto do maior estoque de liquidez do capitalismo vencedor e do maior excedente econômico da História da Humanidade.
É isso aí.