Reinaldo Azevedo
NÃO, ISRAEL NÃO ATACOU A ESCOLA DA ONU. ERA UMA FARSA DO HAMAS. A ONU FOI OBRIGADA A ADMITIR A VERDADE. QUASE UM MÊS DEPOIS! CADÊ AS MANCHETES?
A notícia não está em nenhum dos jornais brasileiros ou nos grandes sites noticiosos. Lembram-se aquele ataque das Forças de Defesa de Israel a uma escola da ONU, que matou 43 pessoas? Pois é. Não foi numa escola da ONU coisa nenhuma, o que os israelenses vinham dizendo desde o dia 6 de janeiro. Só na segunda-feira, quase um mês depois, Mawell Gaylord, coordenador de ações humanitárias da ONU em Jerusalém, admite a verdade: o morteiro foi lançado numa rua PERTO da escola, mas não contra a escola.
Ora, recuperem o noticiário dos jornais e sites do Brasil e do mundo naquele dia 6. Lembro-me de ter aqui ironizado que os israelenses, maus como pica-paus, não podiam ver uma escola da ONU que iam logo jogando morteiros. Talvez para se livrar do tédio, não é? Ah, acusaram-me de insensível facinoroso. Marcelo Coelho, da Folha, sugeriu no jornal e no seu blog que tenho certa simpatia pelo assassinato em massa de crianças… Mais: como eu alertasse aqui para o óbvio — O HAMAS É A FONTE DAS NOTÍCIAS —, fui acusado de realismo estúpido. Coelho chegou a indagar algo como: “Para que jornalismo se já existem os militares?” Ou coisa assim. Chegou a minha vez de indagar: PARA QUE COELHO SE JÁ EXISTE O HAMAS?
O jornalismo dele, não sei para que serve. O meu existe, entre outras razões, para que os freqüentadores deste blog possam ler com mais acuidade o que é noticiado na imprensa.
Não se espante, leitor, se, naquele episódio, não tiverem morrido as 43 pessoas anunciadas. Todas, rigorosamente todas as ditas “atrocidades” cometidas por Israel têm origem no, como direi?, Departamento de Propaganda do Hamas: do grande número de crianças e civis mortos ao uso de bombas de fragmentação e fósforo branco para atacar pessoas. Este segundo caso, então, pode dar pano para manga. A tal substância não é considerada arma química. É empregada para iluminar alvos noturnos e criar cortina de fumaça para ação da infantaria. Israel nega que tenha feito qualquer coisa fora das leis internacionais. Como negava que tivesse jogado morteiro numa escola da ONU — e falava a verdade. De todo modo, abriu-se uma investigação.
Como se vê, o Hamas faz direitinho o seu trabalho. O ataque mentiroso à escola foi manchete do mundo inteiro. O desmentido, até agora, está apenas no Haaretz. O mundo também não se interessou em manchetar as torturas e execuções sumárias que se seguiram à retirada de Israel de Gaza.
A imprensa ocidental se deixou seqüestrar pela lógica terrorista. Esse caso da escola merece a justa designação: ESCÂNDALO. Quer dizer que os homens da ONU em Gaza demoraram um mês para fazer o que poderiam ter sido feito em cinco minutos? Escrevi aqui, certa feita, que o principal inimigo de Israel no Oriente Médio é a organização. Foi uma gritaria. Eis aí.
Bem, esperar o quê? O principal representante das Nações Unidas em Gaza é um sujeito que acredita que os próprios EUA tramaram o 11 de Setembro…
Pois é, leitores. Como diria aquele, quando já temos o terrorismo e a ONU, pra que certo jornalismo, não é mesmo?
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Eu também desde o início da reação israelense insisti nessa verdade inegável e ambígua: toda a fonte de informações sobre os palestinos em Gaza era o próprio Hamas. E a experiência jornalística já demonstrou cabalmente que entidades terroristas e criminosas não podem ser admitidas como fontes confiáveis de informação.
Minha tese conspiratória sobre o conflito é que Israel foi mais uma vez os palestinos foram usados como bucha de canhão, desta vez para salvaguardar os interesses do Irã na região. O Irã como é notório vem desenvolvendo com o apoio provável de russostecnologia nuclear. Ninguém dúvida de suas intenções – produzir armas atômicas – e de seu alvo final – Israel. Obviamente o Irã tornou-se um objetivo militar israelense e suspeitava-se de um ataque iminente neste momento de transição entre Bush e Obama.
Levar Israel a um conflito secundário com o Hamas desviou o esforço militar israelense ao mesmo tempo que enfraqueceu internacionalmente o país.
Por outro lado, sob o ponto de vista do terrorismo internacional, serviu para testar seu poder de manipulação dos meios de comunicação ocidentais. Nesse sentido, o conflito foi uma vitória do Terror: eles ganharam a batalha da informação.
Minha tese conspiratória número um – da qual todas as outras são secundárias – é que a Terceira Guerra já começou. E é sabido que, em guerras de longa duração e vasto alcance – o primeiro front a ser vencido é o front da informação – sobretudo se os inimigos são democracias fundadas na liberdade de expressão.
esse, sem dúvida, aspecto mais preocupante do conflito: o domínio do Terror sobre os meios de comunicação ocidentais é apavorante.
Quem fez, ou faz jornalismo já teve ter ouvido a frase: “A primeira vítima da guerra é a verdade”. Pois bem. Essa informação foi transmitida à imprensa mundial por palestinos. Aliás, toda informação sobre o que acontecia na Faixa de Gaza durante o ataque israelense era transmitida por palestinos, graças a decisão de israel de proibir a presença de jornalistas estrangeiros no território palestino. E por que proibir os jornalistas de trabalharem em Gaza? Porque a primeira vítima de uma guerra é a verdade.
Fiz o lançamento do livro do Reinaldo Azevedo pela Record no ano passado, foi um dos últimos que eu fiz na editora.Mandei comprar chapéus semelhantes aos que ele usa e distribuir para cada pessoa que comprasse o livro. O lançamento virou um mar de cabecinhas com chapéus, o Reinaldo adorou. O pessoal do CQC apareceu e fez mil piadas. Uma noite memorável.Bjs
Vim dar uma passadinha rápida aqui, só para agradecer por vestir uma camiseta com a minha cra lá no blog da Denise (papo Calcinha) e dou de cara com um blog super bom…vou virar fã, leitora assídua!!!E depois de ler seu post, só posso reafirmar: Nenhuma idéia vale uma vida!BeijosPS: Li o post da Iemanjá lá embaixo, e concordo com vc…;)
Mas quando a gente tenta explicar pra alguém que o Hamas é um cancro, a maioria bovina não quer ouvir. Palavras ao vento, Antonio, querido.Beijos
Caramba, nunca li nada mais lucido aqui no mundo dos blogueiros. Ontem ainda disse isso para uma turma de amigos: estamos no fim! Postei algo sobre isso direconado a minha atuação:ativismoLi seu post agora e quando vc fala na violação da imprensa, da notícia como fonte de interesses, acho que não resta dúvida.A desgraça virá do oriente…palavras da bíblia…A desgraça vêm de todos os lados, pq está dentro do ser humano.Politicamente acho que Israel e E.U.A podem definitivamente maniupular o primiro grande estouro desta nova era. Tenho a sensação de que Bin laden e Sadam foram apenas o show de abertura.uau….pensar isso é triste.Seu post é genial.beijo………..Cris Animal