Descartes fala de duas substâncias, a pensante e a extensa. Melhor falarmos em informação e matéria. As coisas são matéria “informada”. Por isso é possível dizer que somos feitos da mesma matéria das estrelas: diferentes “idéias de coisa” informam a mesma matéria, produzindo seres distintos, estrelas ou homens. Isso é bem platônico, mas a impressão que tenho é que a expressão “mundo das idéias” me soa mais analógica, simbólica, enquanto substância pensante, que hoje para nós é fácil imaginar como o software do hardware, que seria a substância extensa. No fim, tudo que há é substância, uma só, que é mais densa ou mais fina, grave ou aguda, alta ou baixa. Vibração, enfim. Vibrações, ecoando.