Eu li quase nada de Cecilia Meirelles, mas viajei quatro meses com um poema dela na carteira, que recortei de uma revista às vésperas de partir.
Ontem procurei esse livro e não achei. Mas como lembrava de um verso, umm só!, foi o que bastou para em segundos ter o livro aqui, não sei se completo: clique para ler
O verso na carteira era este (e o livro chama-se Cânticos e é uma obra-prima para a vida inteira e que releio em boa hora):
Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta te.
Esquece te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Quere ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca te pelo Desconhecido.
Não vês, então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele és tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?