“Nos anos 70, num bairro pobre de Chicago, o zelador Robinson e sua mulher, a secretária Marian, descendentes de escravos, pagavam as contas de Princeton para os filhos Craig e Michelle, endividando-se no cartão de crédito. Hoje Marian, viúva, vive na Casa Branca, cuidando das netas Sasha e Malia.” Elio Gaspari
Para ler Elio Gaspari online, sem frescuras restritivas
Eu tenho pra mim que não é a produção que acaba com a miséria. O que acaba com a miséria é o crédito.
Dar dinheiro inflaciona a moeda. Dar crédito a valoriza. Quanto mais crédito for oferecido no mercado, menos miséria haverá. A melhor contribuição que o Estado brasileiro poderia dar à moeda e ao crédito seria criar condições de baixar os juros que paga, simplesmente reduzindo sua dívida interna ( a externa, DIZEM, está “equacionada”).
É cruel, mas a garantia do crédito é o bem adquirido. A legislação sobre o crédito devia buscar garantir os juros baixos. Há uma questão que eu acho interessante: a quem pertence um bem que já foi 50% pago?
Reformas… Há tantas necessárias no Brasil. Eleitoral, penal, tributária, política, juídico-constitucional, trabalhista. Tantas que não pode haver tantas. Um exemplo que Honduras deu a toda a América Latina, do México à Patagônia – mas que também se aplica genericamente ao resto do mundo: o fim da reeleição para todos os cargos é uma reforma política “simples, barata e eficiente” – quase revolucionária, porque abala a estrutura eleitoral e política de alto a baixo.
(E que tal “transformar” a justiça do trabalho em justiça do consumo?)