noturnos

há uma literatura dos pequenos recados, dos microtelegramas, intimos haicais, eu/tu, esses dois, um – e assim por toda parte, dois, mas tão enrodilhados – tão colados que até Deus finge ver um só, satisfeito, o maroto.

(Me delicia ver a vida em nós se vivendo – pouco importa que sejamos tão ínfimos, no fundo talvez sejamos  todos deuses, talvez algo em nós se saiba imortal, imemorial – e esse algo tem fome de sentir, de querer, de embriagar-se, de perguntar a um outro com o mais vivo interesse: “quem és?”. Esse que vive assim, esse escapou do mal. Mais árduo é o caminho que leva ao bem)

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