A primeira impressão que o quadro me causou foi de uma madona pop, profana, mas ainda assim respeitabilíssima, pela profunda delicadeza e ternura das expressões, da cor e do traço. Profana apenas no sentido de profundamente humana – ou humana na profundidade amorosa que o humano deveria ser – e é, apesar das grossas camadas de brutalidade que lhe acrescentamos, por medo, essencialmente.
A mansa segurança de mãe e filho entregues ao sono, tão intensamente juntos, mas ao mesmo tempo tão distintos, é o modelo do amor carnal que recusamos – desde a besta-freud e sua interpretação tosca da alma humana.
Pena não ter achado o quadro inteiro, porque acredito que isso seja o detalhe principal, o cerne, o centro. Também escolhi a versão que possuía as cores mais suaves (um tanto esmaecidas, talvez).
Obrigado, tekka. Estava louco pra saber isso… Vou procurar e publicar depois.
Antônio, o belíssimo Klimt se chama “As Três Idades da Mulher” e esse aó é um recorte do dramático quadro
abraços, tekka