É tão tocante essa desencantada melancolia; essa resignada revolta, sem rumo nem pressa; essa dor atravessada de ironia que parece concluir que tudo é bom; essa discreta alegria que se obstina sem motivo e ri de si mesma no improviso; é tão tocante isso que é, ao mesmo tempo, despedida e epifania; enfim, é tão tocante que não me canso de ouvir…
* * *
Há nisso uma superação da amargura e do rancor pelo ato puro e simples de dedilhar no piano umas notas que no ar desenham um sentido. É, enfim, a precária salvação pela arte.
E vc é sempre bem-vinda!
Sempre é tão bom voltar ao Café! ? 🙂