Família

Passo em revista minha tropa de solitários de bom coração: The Misfits. Sinto uma inesperada vontade de chorar. Como uma pontada. Um grão de mostarda. É amor, não é tristeza. Construí uma família que não é segundo a carne, mas segundo o espírito.

De súbito, imaginei nós todos – eu, paloma, gui, pê, sofia, mat e daisy – na terra de meu pai – onde tudo começou. Vila Garcia. Trancoso. Portugal é meu pai e Fernando Pessoa. E o mar.

Voltaria de navio. Sozinho.

O amor. O mar.

La mer. Em sua profundeza o mar é mulher, a despeito de suas iras tão masculinas. Sou Pessoa, mas temperado por Baudelaire.

(Mas em português do Brazil me sinto tão Rubem, tão Maria…)

Laços espirituais. Não creio em reencarnações, mas creio na comunhão dos santos. No Corpo Místico cujo cimento e fermento é o amor.